As aventuras do Ursinho
Editora: Editora OQOCódigo do Produto: 978-84-9871-338-1
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Aquele homem chegava no momento certo, Entusiasmado e cheio de expectativas, Ursinho empreende esta aventura que não consiste apenas num percurso espacio-temporal, mas sim, principalmente, vital. As aventuras do Ursinhoé uma metáfora da vida, como costuma acontecer com os relatos de viagens. Ao longo de um ano o protagonista ― e com ele, o leitor ― vai conhecer lugares diferentes, vai descobrir e afiançar o seu potencial e particular talento, vai fazer novos amigos e, acima de tudo, vai realizar o seu sonho: conhecer o mar. Este périplo está cheio de encontros mas também de desencontros, como a própria vida, embora não sejam amargos: … o músico queria ir para norte e o Ursinho queria ir para sul, para o mar, claro! Como não chegaram a acordo, despediram-se num cruzamento e cada um foi para seu lado. A ausência de dissabores neste percurso deve-se, sem dúvida, ao caráter feliz, vivo e otimista do Ursinho, que contagia aqueles que estão com ele, onde quer que se encontre e que impregna toda a história: De dia trabalhava num hotel junto ao mar. Andavam todos atarefados, mas, com ele na cozinha, era impossível aborrecer-se no trabalho. As aventuras do Ursinho é também uma viagem de aprendizagem e de passagem para a maturidade, com tudo o que isso significa. Entre outras muitas coisas, a mudança de interesses e prioridades. Desta forma, no início da história são as abelhas que despertam o seu interesse: Depois de se saciar de mel, viu as abelhas a esvoaçar em seu redor, e pensou: Que farão as abelhas durante o inverno? Nesse momento estava preocupado com o seu futuro próximo (hibernar no inverno), o que o leva a perguntar: O que se passará no mundo enquanto estou a dormir? (Daí a interrogação O que farão as abelhas…?), o que aumenta a sua necessidade de saber se há algo de melhor que ele está a perder e se a sua vida pode ser mais plena. É isto que o move a viajar e a conhecer mundo. Porém, quando regressa a casa ― emocionalmente mais maduro ― e uma abelha o acorda da sua sesta, e apesar da proximidade do inverno de novo, não é isso que prende a sua atenção e os seus pensamentos, mas sim uma linda ursinha. Acaba uma aventura e começa outra. Assim, ciclicamente, como as quatro estações, com importante protagonismo neste álbum. Cada uma delas marca e contextualiza — no texto ou nas imagens — cada etapa da viagem. Com As aventuras do Ursinho, Helga Bansch repete a sua experiência na OQO como autora e ilustradora, tal como fez com Petra, apesar de a sua colaboração com a editorial já remontar aos inícios da mesma: Quiquiriqui, Chocolata (Prémio Internacional de Literatura Infantil 2007 pela fundação Espace Enfants da Suíça), O sonho do ursinho rosa e Os três porquinhos. A artista austríaca divertiu-se ao criar esta história porque um dos seus passatempos favoritos é viajar: “Gosto de estar na natureza em todas as estações, ver gente e conhecer o seu estilo de vida diferente: é fascinante e aprendo muito”. Uma atitude entusiasta que coincide com a do Ursinho, o seu alter ego: “Quando já viajei suficientemente, é maravilhoso voltar a casa outra vez”, reflexão de Helga Bansch implícita no desenlace da história. A intencionalidade no momento de criar a história e a personagem reflete-se com eficácia no álbum: “Escrevi a história de um urso que aprende coisas novas e diferentes que são úteis na sua vida posterior. Adoro o protagonista porque é curioso, corajoso, cheio de espírito empreendedor, capaz de fazer amigos e de aproveitar cada momento da sua vida”. A empatia de Helga Bansch é evidente no texto e nas imagens coloridas e vivas. As ilustrações neste álbum ― e em todos os seus trabalhos ― têm garantidas leituras paratextuais, como um contraponto perfeito ao texto. Para tal, joga com pormenores (os originais estampados das calças do Ursinho ou o mapa-múndi com que reveste o corpo das abelhas) com que as crianças podem recrear e estimular a sua imaginação. Do mesmo modo, oferece uma ampla e terna gama de personagens secundárias que nos divertem, surpreendem e emocionam com histórias paralelas (o casal de ratinhos e coelhos). Desta forma consegue, como é habitual nela, novas leituras, mais ricas e sugestivas, que incitam a abrir o livro uma e outra vez. As histórias dos outros animais que nos oferece apenas em imagens não são alheias à do Ursinho preparando o leitor para o desenlace da história e confirmam, finalmente, o que parece estar presente em todo o livro, que o amor está no ar. Texto e ilustrações de Helga Bansch |
Ficha técnica | |
Nº de Páginas | 36 |
Lingua | GL | ES | FR | IT | PT |
Capa | Cartonado |